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Espaço autônomo deste sua abertura, CAMPO instiga e abriga processos de criação através de Residências Artísticas, e se dedica ao desenvolvimento de um modo de Gestão que parte da dinâmica de operações estéticas em atravessamento com a Comunidade e da prática do rigor na precariedade.

 

Um espaço para se pensar, fazer e desfazer com Arte e áreas afins, implantado pelo coreógrafo Marcelo Evelin e pela gestora cultural Regina Veloso, no bairro São João em Teresina-Piauí, em janeiro de 2016, depois de 8 anos de Teatro e Galpão do Dirceu. 

É o canteiro de obras de Evelin com sua plataforma de pesquisa em arte contemporânea Demolition Incorporada. É a Casa de Produção, lugar de estudos, transversalidades e práticas proposto por Regina Veloso sobre o desenvolvimento contextualizado de projetos. É também o Estúdio Debaixo, núcleo de investigação em Artes Visuais conduzido pelo fotógrafo Maurício Pokemon. Humilde Alves é a parceira a frente do setor administrativo-financeiro.  Os artistas residentes Bruno Moreno, Gui Fontineles e Phillip Marinho vem conduzindo de modo contínuo suas pesquisas e a ocupação cotidiana do espaço, que ocorre em dinâmica com o trânsito de artistas que vem em residências temporárias e dos artistas locais associados Original Bomber Crew, Fernanda Silva (Parnaíba), Samuel Lima e Vanessa Nunes.

 

O Campo abarca alojamentos e áreas multi-uso ocupados por criadores e criadoras, que se fazem residentes por diferentes durações, com propostas que envolvem criação de contextos para diversos públicos, e participam de discussões e práticas sobre a gestão do lugar.

 

A manutenção do Campo tem acontecido de forma autônoma, reinventada como processo criativo diário que também convoca a co-responsabilização da comunidade que o frequenta; já a participação dos poderes públicos e de parceiros privados tem se dado, eventualmente, via editais.

A experiência do Campo de projeto artístico que se dá por um arranjo econômico e social baseado na colaboração em discenso, pesquisa, rigor e melhor uso possível do que se tem (em contraponto à cultura da competição, reprodutividade e acúmulo) tem servido de base para estudos acadêmicos e palestras sobre Espaços Autônomos e Sustentabilidade mundo a fora.

 

Desde a sua abertura propõe projetos que envolvem artistas e não artistas, com práticas que lhes proporcionam outras possibilidades de atuação no mundo, a partir de elaborações que experimentam no Campo e são efetivamente levadas para outros campos de trabalho. Para os que optam pela profissionalização na arte, instituições nacionais e internacionais tem se interessado pelo conhecimento e obras aqui geradas, convidando sucessivamente os artistas locais residentes para intercâmbios.

O Campo optado conscientemente por ações distribuídas durante o ano, articuladas em residências/imersões que envolvem um público mais específico, e em ciclos de programações totalmente abertas a cidade, que atuam de modo contínuo e ativo na construção de cidadania a partir do sensível.

A  média anual tem sido de 180 ações-encontros, parte tendo como público com grupo específico (como elenco de 6 participantes, para a criação de uma obra), e outros momentos com divulgação aberta, chegando a 100 presentes por data. No total por ano, mais de 6 mil pessoas construíram conhecimento e cidadania com o Campo. Em sua maioria são jovens e adultos entre 18 e 50 anos, de todas as orientações sexuais, vindos de muitos bairros da cidade e por vezes de cidades do interior do PI, de outras regiões do Brasil ou do mundo.

Desde de outubro de 2019 Campo vem passando alguns desafios mais contundentes: a necessidade repentina de um deslocamento de espaço físico (o prédio alugado foi solicitado por projeto do proprietário); e a atual fenda vivida mundialmente devido `a pandemia, desde as primeiras semanas em que realizamos a mudança para novo endereço.

Seguimos em casa, alguns de nós tendo o Campo como esse lugar de confinamento. O momento é de instrospecção, cuidado, outra experiência sobre espaço e tempo. Optamos dançar esse movimento sem lives, mas logo que possível estaremos com o Campo aberto para novos verdadeiros encontros, esperamos que num outro mundo de mais escuta e atuação de vozes não hegemônicas.

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